Hoje que
acordei com uma saudade de mim. Saudade de quem eu sou de verdade,
esse alguém que foi se perdendo com o passar do tempo, com o passar
das dores. Me olho no espelho e sei que aquela que olha de volta não
é a real. O batom, rímel e sombra escondem a timidez, o medo, a
solidão. Por fora, sorrisos, abraços, convites; por dentro,
confusão, angústia, desconhecimento. O exterior pede tanto, quer
tudo, busca de todas as formas - erradas ou certas? -, enquanto o
interior diz "não" e se recua cada vez mais. Quem sou eu e
o que eu busco? Quem sou e aonde vou chegar? Quem sou e quem eu quer
ser um dia?
Pena que a vida
não espera essas resposta, ela simplesmente continua acontecendo.
Nascimentos, mortes, laços se formando, outros se rompendo. Tudo tão
rápido que fico atordoada, sinto o peso de uma idade que ainda nem
chegou, os anseios de uma época passada e a insegurança de outra
que ainda está distante. Tudo se fundi em uma coisa só e acho que
talvez esse seja o motivo que me faz sorrir pela manhã, esbravecer
durante a tarde e sentir desolação durante a noite.
Confusão. Em
meio a todo esse barulho, o que poderia me definir é isso: confusão.
"Que desse caos nasça uma estrela!"
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