segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Caos

 Hoje que acordei com uma saudade de mim. Saudade de quem eu sou de verdade, esse alguém que foi se perdendo com o passar do tempo, com o passar das dores. Me olho no espelho e sei que aquela que olha de volta não é a real. O batom, rímel e sombra escondem a timidez, o medo, a solidão. Por fora, sorrisos, abraços, convites; por dentro, confusão, angústia, desconhecimento. O exterior pede tanto, quer tudo, busca de todas as formas - erradas ou certas? -, enquanto o interior diz "não" e se recua cada vez mais. Quem sou eu e o que eu busco? Quem sou e aonde vou chegar? Quem sou e quem eu quer ser um dia?
Pena que a vida não espera essas resposta, ela simplesmente continua acontecendo. Nascimentos, mortes, laços se formando, outros se rompendo. Tudo tão rápido que fico atordoada, sinto o peso de uma idade que ainda nem chegou, os anseios de uma época passada e a insegurança de outra que ainda está distante. Tudo se fundi em uma coisa só e acho que talvez esse seja o motivo que me faz sorrir pela manhã, esbravecer durante a tarde e sentir desolação durante a noite.
Confusão. Em meio a todo esse barulho, o que poderia me definir é isso: confusão. 




"Que desse caos nasça uma estrela!"



Nenhum comentário:

Postar um comentário